O contador de histórias
Paulo Fernandes – Olá, pessoal!
Hoje convido vocês a conhecerem o contador de histórias Mário Alves. Leiam a entrevista que fiz com ele.
Olá Mario, é um prazer conversar com você. Para iniciarmos, fale um pouco de você, sua história de vida e formação…
Também agradeço pela oportunidade. É incrível o poder das histórias em aproximar as pessoas! Um antigo apresentador de Tv, nos EUA, conhecido como Sr. Rogers, andava com a seguinte frase em sua carteira: “Não há ninguém que você não pudesse aprender a amar (ou ao menos respeitar) uma vez que tenha escutado sua história”.
Nasci em 1981, ano internacional da pessoa com deficiência. Por coincidência, ou não, sou o primeiro filho de um casal de cegos.
Nasci e cresci em meio aos livros e histórias! Minha mãe, que veio a esse mundo e vai partir sem nunca ter enxergado, dedicou 30 anos da sua vida a ensinar crianças cegas a ler e escrever em braille! Meu pai (cego desde os 12) formou-se em Direito pela UFMG e escreveu livros contando sua luta pela inclusão das pessoas com deficiência. Lá em casa a gente sempre foi muito de conversar, contar histórias, ‘causos’ e cantar! Meu pai me ensinou a tocar um pouquinho de violão!
Em 2005 concluí pós-graduação em História pela UFMG e tive a primeira experiência como professor.
Como a leitura literária entrou em sua vida e qual a importância dela para você?
Diante da carência da comunicação visual compreendi, de modo especial, a importância da palavra. Imagine uma criança descrevendo à mãe, cega de nascença, a linha do horizonte, uma noite estrelada ou o pôr do sol… Depois que aprendi a ler esse movimento ganhou mais força. Eu lia número de ônibus, cardápio, cartas e até livros inteiros!
E se de um lado eu buscava traduzir o que minha mãe e meu pai não alcançavam com os olhos, por outro eles se empenhavam em apresentar a mim o que acreditavam ser fundamental para viver bem: honestidade, solidariedade, respeito e admiração a vida, coragem, fé e amor.
Fale um pouco da sua trajetória como contador de histórias.
Em 2012 criei a A arte de compartilhar histórias, empresa especializada na realização de um de contação de história e música para crianças, jovens e adultos.. Nesse mesmo ano conheci a cantora e compositora Andressa Versi, que se tornou grande amiga e parceira nos palcos.
Ano passado entrei para o Coletivo Narradores, referência importante em pesquisa e produção de espetáculos de narração artística! Imagine minha sorte em estudar e criar com mestras como Aline Cântia, Gislaine Matos, Nadja Calábria?
Sinto alegria e gratidão quando penso na minha trajetória como narrador. Graças às histórias, tenho a oportunidade de participar de projetos maravilhosos como “O canto do conto”, na Fnac, O ‘Ler é Viver’’ e o ‘Era uma vez’’, em parceria com o Instituto Gil Nogueira. O ‘Era uma vez no trabalho’’, que leva a força das histórias para o ambiente corporativo Graças as histórias eu estou aqui, sendo entrevista por você, Paulo, um artista que admiro tanto! Só tenho a agradecer!
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Para finalizar, fique à vontade para falar com leitor do jornal e deixar aqui seus contatos para quem quiser conhecer mais do seu trabalho Há muitas maneiras de interpretar a vida.
Algumas são mais divertidas e fascinantes. É o caso da literatura! As histórias encantam, geram empatia, ensinam e transformam a gente! Afinal, ler é criar asas! Para me despedir, quero agradecer de coração. Valeu demais, Paulo!
Qualquer coisa é só chamar aqui!
Abraço carinhoso e até breve!
Hoje quero agradecer a gentileza e disponibilidade do Mário em responder minhas perguntas, obrigado querido Mário e continue a nos encantar com suas histórias.
Para acompanhar o trabalho do Mário siga https://www.instagram.com/artecompartilharhistorias/?hl=pt-br .
Até semana que vem!