Doença mental e uso de drogas

A dependência química é um grave problema de saúde pública, com sérias consequências para o futuro dos jovens e sociedade em todo mundo.

O uso de drogas pode estar relacionado a doenças psiquiátricas. Assim, diante de um paciente com dependência ou uso abusivo, deve-se investigar a existência de uma doença psíquica; como causa ou como consequência.

Dias de Souza é psicanalista, mestra em psicologia pela UFMG Rua Jacutinga, 567, Padre Eustáquio // Blog www.deisedias.com.br Instagram @deisediaspsi facebook: deise.dias.507 facebook: psicanalisedeisedias

Na esquizofrenia e no transtorno bipolar, em quase metade dos pacientes aparece a associação com abuso ou dependência de substâncias psicoativas.

Um dos modelos científicos que tenta explicar esta associação entre uso de substâncias psicoativas e distúrbios psíquicos seria uma predisposição para a doença mental. Neste caso a droga desencadearia e agravaria os sintomas mentais adormecidos.

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O segundo modelo diz que a associação se dá porque o sujeito que apresenta algum “distúrbio psíquico” busca na droga um alívio ou uma “automedicação”. Ela aliviaria os outros sintomas psíquicos.

Ambos modelos afirmam que quem tem histórico de problema psiquiátrico na família ao usar essas substâncias, as tendências “acordam” e se manifestam.

Daí, é importante entender que a dependência química é uma doença e não um desvio moral. Ao mesmo tempo, precisa haver uma postura firme dos familiares para não permitir que o paciente os manipule. É um equilíbrio difícil de ser atingido e um desafio, para toda a família.

Por isso, o tratamento psicanalítico é fundamental para cada membro envolvido se escutar, compreender a dinâmica familiar e analisar a história de vida familiar no caso de vivenciarem a questão da drogadição entre seus membros.