Carlos Luz, a avenida do presidente que menos tempo ficou no poder: três dias
Uma das principais vias que corta o bairro Caiçara, a avenida Carlos Luz, apelidada de Catalão, homenageia um mineiro que foi presidente da República por apenas três dias, o menor mandato de um chefe do Executivo nacional.
Trata-se de Carlos Coimbra da Luz, nascido em Três Corações, no Sul do Estado, em 4 de agosto de 1894, e falecido no Rio de Janeiro em 9 de fevereiro de 1961.
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Carlos Luz foi um advogado, professor, jornalista e, claro, político. De 8 a 11 de novembro de 1955, ocupou a presidência da República.
Sua carreira política começou três décadas antes, em Leopoldina, na Zona da Mata mineira, onde se elegeu vereador e, depois, prefeito.
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Na década de 1930, foi eleito deputado federal. Também foi presidente da Caixa Econômica Federal, de 1939 a 1946.
Em seguida, novamente deputado federal, ocupou a presidência da Câmara.
Assumiu a presidência da República em 8 de novembro de 1955, após Café Filho ser afastado em virtude de um movimento político. A Constituição daquela época era a de 1946, a qual garantia ao presidente da Câmara dos Deputados o poder do país na ausência do presidente e vice-presidente da República.
O então presidente, Getúlio Vargas, havia cometido suicídio. E o vice fora afastado. Carlos Luz ficou apenas três dias na presidência: foi deposto pelo golpe militar liderado pelo então ministro da Guerra, general Lott.
Carlos Luz faleceu em 1961. Quatro anos depois, uma foto entrou para a história de BH: a abertura da avenida que homenageou a memória do político.