Respeito nota zero
Ambientes favoráveis à proliferação de transmissores de doenças, como o Aedes Aegypti, vetor da dengue, zika e chikungunya, os bota-foras são problemas antigos no Padre Eustáquio.
Um deles surgiu há quase 10 anos na rua Carioca, no quarteirão entre a Moema e a Lorena, onde os sujões sequer se importam com a placa fixada pela prefeitura: “Ponto limpo. Proibido jogar lixo e entulho. Sujeito a multas”.
A infração é passível de penalidades previstas na Lei 10.534/12, com multas cujos valores vão de R$ 180,19 (não acondicionar o resíduo corretamente ou colocá-lo para coleta em horário diferente do determinado pela SLU) a R$ 5.405,89 (despejar resíduos de construção civil em lotes vagos ou encostas).
O espaço na Carioca se transformou em depósito de entulhos: pneus, garrafas, mobílias e até um aparelho de televisão. Morador da rua, o representante comercial Alexandre Morandi, de 50 anos, fica indignado com a situação.
“Há aproximadamente oito anos, quando fizeram o primeiro descarte, reclamei do ocorrido na regional Noroeste. Veja no que o local se transformou”, reclamou o morador.
Os objetos deixados em bota-foras podem se transformar em criatórios do Aedes na temporada de chuva. Fica o alerta: cada fêmea desova mais de 200 unidades.
Mas a missão de acabar com bota-foras em BH é um desafio antigo do poder público. Para se ter ideia, a Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) informou a coleta de 398,2 mil toneladas de entulhos entre janeiro de 2014 e fevereiro de 2017.
Em toda a cidade, foram catalogados 244 bota-foras. O portal de notícias já mostrou problema semelhante na praça ao lado do Centro Cultural Padre Eustáquio (clique aqui).
Deixe um comentário