A potência das bibliotecas comunitárias
Paulo Fernandes – Olá, pessoal!
Na última sexta-feira, 29 de novembro, tive o privilégio de contar histórias no 9o Seminário “Bibliotecas, Transformação Social e Decolonização dos Saberes”, organizado pela rede de bibliotecas comunitárias “Sou de Minas, Uai”.
O evento aconteceu na Escola de Ciência de Informação da UFMG, das 13:30 às 21:30. Você pode estar se perguntando: Nossa, todo esse tempo? Sim, e digo que poderia ter sido muito mais, tamanha riqueza proporcionada pelos componentes das mesas de debates.
Mas por que falar deste seminário na minha coluna? Simples, acredito ser necessário levar ao conhecimento das pessoas, não apenas o evento em si, mas principalmente o que ele representa para uma sociedade leitora.
A abertura do evento contou com a fala do Rafael Mussolini, que é educador, mediador de leitura e estudante da
Escola de Ciência da Informação da UFMG. Ele ressaltou a importância do evento acontecer na Universidade e trouxe também um breve panorama acerca das bibliotecas comunitárias.
Importante lembrar que a Universidade é um espaço público e deve cada vez mais democratizar o acesso, inclusive aos que não estudam ali. Quando a comunidade adentra esse espaço do conhecimento científico, as trocas são riquíssimas.
A primeira mesa cujo tema foi: Biblioteca, Transformação Social e Decolonização dos Saberes, contou com a participação da poeta-slammer, ativista e educadora social Nivia Sabino; Bibliotecária, Mestra em CI – IBICT/UFRJ e Doutoranda em CI – PPGCI/UFMG, Franciele Garcês e Cris Lima, da Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias – RNBC.
A composição da mesa contemplou saberes de diferentes áreas e trouxe importantes reflexões acerca das bibliotecas comunitárias, enquanto instrumento de transformação social e espaços de construção constantes de leitores e cidadãos participativos, exercendo direitos e buscando conhecimento e trocas de saberes.
A segunda mesa apresentou como tema o Lançamento do Livro: O Brasil que Lê: Bibliotecas Comunitárias e resistência cultural na formação de leitores e contou com a presença de Ester Rosa, da Universidade Federal de Pernambuco; Daniela Praça, da Rede de Bibliotecas Comunitárias Sou de Minas Uai e Rafael Mussolini, também da Rede de Bibliotecas Comunitárias Sou de Minas Uai.
O objetivo desta mesa foi apresentar um amplo estudo que caracteriza diversas dimensões das bibliotecas comunitárias e de suas práticas de formação de leitores em seus territórios. O livro está disponível em PDF no endereço https://www.rnbc.org.br/2019/08/o-brasil-que-le-bibliotecas.html. Vale a pena conhecer o trabalho e descobrir a potência das bibliotecas comunitárias e seus articuladores.
O seminário contou com a presença do escritor Tino Freitas que realizou uma explanação com a seguinte temática: Biblioteca, Transformação Social, Descolonização dos Saberes e Literatura como Direito Humano. Como as bibliotecas contribuem com a democratização da informação e a democracia?
Durante duas horas, Tino brindou os participantes com uma aula sobre mediação de leitura, democratização da informação e dos espaços de leitura.
Para quem não conhece o Tino Freitas, vale a pena procurar a respeito do trabalho que ele vem desenvolvendo há mais de 15 anos em prol do acesso democrático à leitura de crianças e jovens.
Acredito que seminários como o promovido pela Rede Sou de Minas, Uai são de suma importância e revelam o quanto precisamos cada vez mais estarmos atentos ao papel exercido pelas bibliotecas comunitárias e seus articuladores no que diz respeito à democratização e acesso da leitura.
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Você conhece alguma biblioteca comunitária? Conhece o trabalho da Rede sou de Minas, uai? Acredita que o acesso à leitura e a democratização dos espaços são importantes?
Convido você leitor e leitora desta coluna para visitar os sites https://www.soudeminasuai.com/ e https://www.rnbc.org.br/ e conhecer o trabalho das bibliotecas comunitárias pelo Brasil.