A vez dos ipês-amarelos
Aberta a temporada da florada dos ipês-amarelos, espécie bastante valorizada no paisagismo. Por isso, não se faça de arrogado se você mora no Padre Eustáquio, Carlos Prates ou Caiçara. Diante de um deles, fique a vontade para sacar o celular ou a câmera fotográfica e clicar quantas vezes desejar.
A florada dos amarelos começa quando as pétalas da espécie rosada termina, num espetáculo mostrado por este portal em julho (clique aqui para ler). A vez agora é da cor semelhante ao ouro. E sorte sua se a rua Itambacuri, no Carlos Prates, faz parte de seu dia a dia, pois lá há um bonito exemplar.
Fica quase no alto da ladeira, vizinho a um cacto no imóvel 160. Como parte do show, a árvore já deixou cair algumas folhas. Resultado: o passeio parece ter sido enfeitado com cor de ouro. Outra árvore enfeita a praça São Francisco das Chagas, em frente à paróquia homônima, e garante sombra aos usuários dos aparelhos de ginástica instalados num dos cartões-postais da região.
Bem adiante, já na rua Tuiuti, no Padre Eustáquio, há outro belo ipê, quase na esquina com a Progresso, com o típico tronco tortuoso, uma das características da espécie. Reina absoluto no passeio, como se observasse o vaivém de moradores sem saber que, na verdade, ele é o habitante mais ilustre – ao menos nesta época do ano.
Os ipês amarelos alcançam, em média, 14 metros de alrura e ficam mais floridos em invernos secos e frios, como o da estação deste ano. Os troncos medem em torno de 40 centímetros de diâmetro. E podem ser observado com maior facilidade do Espírito Santo à Santa Catarina.
A madeira do amarelo é bem resistente e com grande durabilidade, o que o torna apropriado para construções navais e estruturas como pontes.
Mas bonito mesmo é vê-los vivos, seja na área urbana ou na rural, exibindo beleza avistada de longe. É o que ocorre com ipês no quintal de uma empresa no Caiçara, entre as ruas Magnólia e Francisco Ovídio.
Um dos lugares mais indicados para observá-los é do Padre Eustáquio. Siga a rua Rio Pomba até o fim e, quando dobrar à esquerda, desça até a Três P0ntas. Daí pare.
Você verá que, por instante, a floresta de prédios e casas parece ficar invisível para que o morador ou visitante aprecie, claro, a cor dourada.
Poucas horas depois de esta reportagem ter sido publicada na internet, leitores nos enviaram algumas fotos. Para valorizar ainda mais as imagens, decidimos compartilhá-las com os demais leitores.
Ângela Cruz registrou a florada do ipê plantado há cerca de 20 anos pela mãe, dona Neuza, na Rio Pomba.
“Ele floresce desde pequenino. Meus pais foram uns dos primeiros moradores do bairro, quando a região ainda era chamada de fazenda dos Murtas. Foi loteada e vendida. Vimos o bairro crescer em nosso redor”, contou a moradora.
Maria Angélica, moradora do Carlos Prates,
De dentro do carro, Giovanni Ianni não resistiu ao encanto de uma espécie na avenida Coronel José Benjamin, na esquina com a rua Bonaparte, e clicou a árvore.
A espécie, que está na calçada, emprestou seu charme a uma das principais avenidas do bairro.