Bases comunitárias já patrulham BH
As 86 bases comunitárias da PM, compostas por vans e motos, entraram em operação na tarde desta segunda-feira em Belo Horizonte. Quatro irão atuar na área da 9ª companhia (bairros Padre Eustáquio, Carlos Prates, Coração Eucarístico e Caiçara) e outras três, na da 21ª (Lagoinha, Ermelinda e Aparecida).
Num primeiro momento, as unidades funcionarão das 14h às 23h30. Cada uma terá quatro militares: dois farão a ronda em motos e dois ficarão na van para registrar eventuais ocorrências e monitorar a região por meio de uma pequena central ligada ás câmeras do Olho Vivo.
Das quatro vans na área da 9ª cia, três ficarão em praças: Sagrados Corações (Padre Eustáquio), São Francisco das Chagas (Carlos Prates) e Federação (Coração Eucarístico). A outra será no Caiçara, no cruzamento da avenida Presidente Carlos Luz com rua Del Rey.
Já as vans na área da 21ª serão estacionadas na praça do Peixe (Lagoinha), em frente ao número 2180 da Pedro II (Aparecida) e no cruzamento das avenidas Américo Vespúcio e Pinheiros (Ermelinda). Ao todo, o governo desembolsou R$ 20 milhões no projeto.
A chegada das bases comunitárias foi marcada por polêmica, pois, em princípio, a intenção do governo era fechar 10 das 24 companhias da capital, substituindo-as pelo trabalho conjunto das vans e motos. Entre elas estão a 9ª, na Via-Expressa, e a 21ª, na Pedro II.
Esta possibilidade causou insatisfação popular. Moradores fizeram passeatas e criaram grupos em redes sociais pela manutenção tanto das companhias quanto das bases. Diante dos protestos, o comandante-geral da corporação, coronel Helbert Figueiró de Lourdes, garantiu que nenhuma companhia será fechada antes de dezembro. Destacou ainda que, dependendo de novas avaliações que serão realizadas, todas elas poderão continuar com as portas abertas.
O oficial reforçou o compromisso nesta segunda, na Praça da Liberdade, onde ocorreu a cerimônia oficial da apresentação das bases comunitárias. A solenidade foi conduzida pelo governador Fernando Pimentel.
“Nós não estamos aqui inventando a pólvora. Esse modelo que está sendo implantando em toda a cidade eu já o conhecia desde que fui prefeito. Nós começamos lá atrás, no ano de 2002, 2003, e aquilo era uma iniciativa piloto da PM. Naquela época, a prefeitura adquiriu quatro bases desse tipo e colocamos a PM em pontos estratégicos da cidade, o que deu certo. Infelizmente, esse projeto não teve apoio do governo estadual naquela época para que a PM continuasse implementando e chegasse ao resultado que nós vamos ter agora, que é toda a cidade coberta. Agora nós já sabemos que esse modelo funciona e temos certeza que os índices de criminalidade vão diminuir ainda mais em BH”, discursou o governador.