Belmiro Braga, a rua do poeta
Você tem duas certezas quando está na rua Belmiro Braga: irá subi-la ou descê-la. A via é uma das mais importantes dos bairros Caiçara e Monsenhor Messias e homenageia o poeta que nasceu numa fazenda, em 1872, na Zona da Mata de Minas Gerais.
Braga faleceu em 1937, quando o Caiçara e o Monsenhor Messias eram pedaços de grandes fazendas. Ainda assim, curiosamente, um dos escritos mais famosos do poeta parece imaginar que, um dia, uma rua iria homenageá-lo na então nova capital:
“Pela estrada da vida, subi morros, desci ladeiras e, afinal, te digo: se entre amigos encontrei cachorros, entre cachorros encontrei-te amigo”.
A rua começa na avenida Carlos Luz e termina na Pedro II, corta 30 quarteirões e é uma das veias econômicas da região. Às margens dela, empresas de diferentes portes, que ajudam na geração de renda local.
Outra coincidência: o poeta também foi comerciante. Ganhou a vida em Juiz de Fora, Muriaé e outras cidades da Zona da Mata. A fazenda em que nasceu hoje pertence ao município que homenageia o escritor, autor dos versos:
“Fiz na vida o meu escudo
desta verdade sagrada
– o nada com Deus é tudo
e tudo sem Deus é nada”
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