Conhece a feirinha do Padreco?

É com boa prosa e um sorriso que Hélio Leite, de 64 anos, mostra o bonito artesanato em madeira e azulejo na praça dos Sagrados Corações, onde ocorre, nas manhãs de domingos, a feirinha do bairro Padre Eustáquio.

O local é ponto de encontro de moradores da região. Lugar para agradável tanto para jogar dama quanto conversa fora, mas, sobretudo, boa oportunidade para quem deseja levar para casa diferentes artigos, como roupas, acessórios, quadros, almofadas, panos de prato, enfeites etc.

Hélio divulga a feira

Hélio é um dos artesãos que se empenha em divulgar o trabalho dele e dos amigos. Nascido e criado no bairro, é um “padreustaquiano”. Ele conta que, apesar de o local reunir artesãos há décadas, ainda há uma parcela da comunidade que desconhece a feirinha.

Hélio, então, aproveita para fazer um convite: “Estamos esperando moradores do bairro e comunidades vizinhas para conhecer nossos trabalhos, nossa feirinha”.

A barraca de Hélio é vizinha à de dona Iracema Souza Braga, de 70 anos. Há duas décadas, ela ganha a vida no local. Negocia guirlandas, almofadas, peso de porta, entre outros objetos. E faz questão de ressaltar a amizade entre os feirantes, sejam eles artesãos ou revendedores: “Se eu não tenho troco para dar ao cliente, por exemplo, pego emprestado com alguma pessoa. Se eu precisar sair um pouco da feira, outra olha minha barraca”.

Deodoro chega numa kombi para vender quadros

É amizade de tirar mesmo o chapéu, reforça Deodoro Viana, de 63 anos. Ele chega a feira numa Kombi. O veículo é necessário para transportar os quadros que a esposa, dona Fátima, assina em telas coloridas. “São lindos!”, elogiou uma fiel que acabara de assistir a missa. “Lá se vão 16 anos que começamos a vende-los aqui”, conta Deodoro (a reportagem continua depois da propaganda).

A feira arranca suspiros em crianças e adultos. Quem para em frente à barraca de dona Mirlene, de 60 anos, fica encantado com os duendes feitos com pinho. Ou com os Divinos bordados em pedrinhas. “Moro no bairro há quase três décadas e meia. A feirinha é um lugar gostoso, mas por incrível que pareça ainda há gente que não a conhece”.

Mirlene e os duendes feitos com pinho

Então fica o convite: que tal passear, nas manhãs de domingo, na praça dos Sagrados Corações e prosear com os feirantes?

 

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