Crime no Padre Eustáquio: quem matou o Negão?

Um crime bárbaro chocou os moradores do bairro Padre Eustáquio, região Noroeste de Belo Horizonte, no réveillon: quem envenenou o vira-lata Negão? O animal tinha porte grande, vivia na rua e morreu após comer carne com chumbinho. Indignado, um grupo de pessoas oferece recompensa de R$ 1 mil a quem informar pistas que ajudem a polícia a descobrir o autor.

Negão era acostumado a dormir na esquina da Lorena com a Carioca, onde era tratado pela vizinhança havia cerca de um ano. Recebia, diariamente, ração e água. Ganhou até uma casinha de madeira para se abrigar do frio e chuva.

No Natal, dona Simone Pereira arranjou uma roupinha de Papai Noel para o peludinho: “Estou em depressão por tanta crueldade. Mas isso não vai ficar assim. Vamos descobrir quem fez a covardia e exigimos punição”.

Dona Simone cobra punição ao culpado

Ela e outros moradores estavam à procura de um lar para o animal. Revoltado, um grupo mandou fazer uma faixa e a fixou na rua Lorena. Uma das frases alerta: Temos um assassino na região”.

Câmeras de um  imóvel na Lorena mostra Negão atordoado no último dia do ano. Parecia confuso e sem coordenação motora. “Consequências do chumbinho”, garante Simone.

 

A moradora estava à procura de um lar para o animal. “Mas não deu tempo!”, indignou-se.

O corpo do animal foi encontrado num lote próximo à Lorena. Encaminhado já sem vida a uma clínica, o veterinário foi taxativo: “Morreu porque comeu chumbinho”.

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O caso ganhou repercussão após ser divulgado nas redes sociais do Jornal do Padre Eustáquio.

Centenas de seguidores lamentaram a crueldade contra o cão. Fernando Nogueira, por exemplo, analisou: “Quando o ser humano perde a piedade para com os animais, vai ter com quem?”. Já Alexandre Marques disse que o cão era dócil: “Covardia pura!”. Adriana Nascimento também ficou inconformada: “Absurdo! Quanta maldade!”. Karina Dias foi outra seguidora que exige punição ao autor: “Fico indignada com tamanha crueldade!”.

O artigo 32 da Lei dos Crimes Ambientais (9.605/98) considera como crime qualquer tipo de abuso, maus-tratos, ferimentos ou mutilações aos animais domésticos. E prevê ao autor detenção de três meses a um ano, além de multa.

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O caso será investigado pela Delegacia de Crimes contra a Fauna em Minas Gerais, que fica no bairro Carlos Prates.