Escola Estadual Lúcio dos Santos: rumo ao centenário

A Escola Estadual Lúcio dos Santos, a mais antiga do bairro Carlos Prates e região, está em festa. A instituição completou 90 anos com uma novidade: um jornal estudantil criado por professores, alunos e voluntários da Capelania Escolar da Terceira Igreja Presbiteriana, de Belo Horizonte.

A diretora da escola, Guilhermina, destaca que o periódico tem tiragem de 500 exemplares e surgiu para ser uma ferramenta a mais na interação entre a instituição e a comunidade: “Vai noticiar informações pertinentes à escola, alunos, professores e o bairro. Temos cerca de 300 alunos, mas há vagas disponíveis. Queremos que a Lúcio dos Santos seja uma referência no bairro”.

A escola já é. A instituição ocupa um imponente casarão erguido no início da rua Padre Eustáquio. Começou a funcionar em 1929, mas a história da Lúcio dos Santos é bem mais antiga e foi destaque no primeiro número do jornalzinho estudantil.

Escola completou 90 anos

A reportagem conta que a escola surgiu após a união de dois grupos. Na prática, ambos funcionavam numa pequena sala na rua Mauá (hoje Nossa Senhora de Fátima). O primeiro foi batizado de Grupo Escolar Lúcio dos Santos, aberto em 1903. Tinha as professoras Elisa e Amanda Buzelin como administradoras.

O segundo grupo era a Escola do Carlos Prates. Em 1925, a professora Maria da Conceição Pinto Ferreira foi nomeada para a instituição e, no ano seguinte, conseguiu a ampliação do espaço. Em 1926, como as duas escolas funcionavam no mesmo imóvel, passaram ser conhecidas como Escolas Reunidas Lúcio dos Santos.

Em maio de 1929, foram transferidas para o atual imóvel, onde se destaca uma imensa gameleira em frente à escadaria principal. Contar esta e outras notícias é uma das propostas do jornalzinho Estudantil Lúcio dos Santos, que abriu concurso para a criação de uma logomarca.

“Basta enviar a proposta de logo para a comissão do jornal, que tem como finalidade trabalhar a educação, a leitura, o desenvolvimento e o diálogo em vários aspectos com os alunos. Queremos incentivar a melhoria deles, a da escola e a da comunidade”, contou o pastor Felipe Abreu, da 3ª Presbiteriana, igreja erguida na rua Teófilo Otoni, no Carlos Prates.

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O professor de história William Boteri, um dos criadores do jornalizinho, deseja que o periódico seja uma ferramenta para ajudar na inclusão social em suas várias faces: “O critério inicial é a participação de professores e alunos. Vamos levar para a comunidade para que possa participar. Estou como professor de apoio à inclusão na escola. Queremos trazer estes alunos. Estamos de portas abertas para crianças com deficiência, seja ela intelectual, física… Queremos trazer aqui para dentro todos que, infelizmente, estão sendo colocados fora da realidade do estudo”.

A professora de português Vivien Gonzaga e Silva também assina o projeto: “Este jornal tem dupla finalidade. Atuar como instrumento interdisciplinar de incentivo aos estudantes. O outro é integrar a comunidade com a escola”.

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Da mesma forma, a professora de português Anne de Oliveira Cruz: “É um projeto voltado para que os alunos também contem histórias e que tenha somente nosso apoio”. No primeiro número, o jornal teve a participação dos alunos Vinício Rodrigues da Silva e Maria Eduarda Eustáquio Vilaça, ambos do 9º ano.

Tecnologia

O jornalzinho trás uma tecnologia, o QR Code. Na prática, trata-se de uma figura que permite ao leitor acessar a reportagem completa ao colocar o aparelho de telefone celular sobre ela.

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