Ipês colorem Padre Eustáquio
Diante das árvores, pessoas param, sacam câmeras ou aparelhos de celular do bolso e, num clique, registram as imagens. Depois, como se estivessem agradecendo a natureza, alguns exclamam: “Espetacular!”.
E assim o bairro ganha um pouquinho da primavera no inverno. A floração dos ipês-rosa vai até o fim de agosto, quando começa a temporada da espécie amarela. A exuberância das copas desperta a atenção até de quem passa apressado pela região.
A árvore em frente ao imóvel 201 da rua Pará de Minas é uma das mais imponentes. Do passeio, pedestres que olham para o alto se rendem às pétalas à frente do céu claro, num bonito contraste.
“Maravilhoso!”, define numa única palavra o operador de produção Geraldo Pereira, de 54 anos. Antigo morador da região, ele conseguiu sementes para plantá-las no sítio da família, em Moeda.
As árvores levam de 5 a 10 anos para a primeira floração. Mas, até lá, Geraldo poderá contemplar outros ipês no bairro. Há um em frente ao número 120 da Benfica, onde um tapete de pétalas rosas se formou sobre o asfalto.
Quem passa pela Jacarina também deve parar, olhar para o alto e, com orgulho, elogiar o colorido da árvore no quintal de número 195.
Do alto da Carioca, quase na esquina com a Vila Rica, mais pétalas são carregadas pelo vento.
Já um dos ipês na Coronel José Benjamin se tornou moradia de uma família especial. Foi num dos galhos em frente à residência de número 549 que joão-de-barro construiu sua casinha, já mostrada no portal de notícias (clique aqui).
Os ipês são nativos da região neotropical, do México à Argentina, e podem viver por mais de um século. Sobrevivem até em forte estiagem, pois suas raízes são profundas, podendo sugar água em distância maior que a conseguida por outras espécies.
Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, a capital tem 27,1 mil ipês, o que corresponde a 9% do total das árvores na cidade. A maioria dos ipês é da cor rosa.
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