Kalil briga por Anel Rodoviário na Justiça
Diante de tanta desilusão, enfim, surge uma luz no fim do túnel. A prefeitura protocolou na 10ª Vara Federal em BH, na sexta-feira 8 de setembro, uma ação civil pública contra a União, a Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT) e a Concessionária BR-040 S.A. (Via 040), responsável por parte do Anel.
Na prática, a administração municipal pleiteia a gestão do Anel com os necessários repasses de recursos federais para mantê-lo. Por determinação do prefeito Alexandre Kalil, a prefeitura também ajuizou representação criminal, no Ministério Público Federal, em desfavor do superintendente do DNIT em Minas Gerais, Fabiano Martins Cunha, pelos crimes de homicídio e lesão corporal culposos, prevaricação e não sinalização adequada do Anel.
Em entrevista coletiva à imprensa, Kalil frisou que tem R$ 600 milhões para obras emergenciais no Anel. “Não é o projeto de R$ 8 bilhões que o Anel precisa de verdade, mas uma ação imediata, para colocarmos um fim nessa onda de assassinatos a que estamos assistindo. Em 2018 teremos eleições e os candidatos a deputado federal por Minas Gerais serão cobrados pelo prefeito de Belo Horizonte”.
A ANTT e a concessionária Via 040 vão aguardar a notificação oficial da Justiça para comentar o caso. A reportagem ainda não conseguiu um posicionamento do Dnit. O portal de notícias www.jornaldopadreeustaquio.com.br não vai se calar diante da negligência do governo federal (não se trata da atual gestão) em sanar os problemas na via.
Vale lembrar que o Anel surgiu como uma rodovia construída em área rural da cidade, no fim da década de 1950. O município cresceu e a via passou a ser, na prática, uma espécie de avenida. Uma das soluções para retirar o trânsito pesado do local é a construção do Rodoanel, projeto que prevê milhões de reais e que, dificilmente, sairá do papel por falta de recurso. Mas também vontade política.