Luto no Padre Eustáquio!
Voz da Massa (por Rafael Melo) –
Às vésperas do Natal, o Padre Eustáquio está de luto. A comunidade, comovida. E a música “Canção da América”, de Milton Nascimento, nunca fez tanto sentido para muita gente como agora: “Amigo é coisa para se guardar/ Debaixo de sete chaves/ Dentro do coração (…)”. Perdemos um exemplar pai de família que sempre se despedia das pessoas repetindo o lema ensinado pelo beato que emprestou o nome ao bairro: “Vá com Deus. Saúde e paz!”.
Ramonzinho Viana, um atleticano de carteirinha, tinha apenas 35 anos de idade e morava na Tuiuti. Deixou esposa e um casal de filhos pequenos. Não havia tempo ruim para ele: acordava cedo para ganhar a vida na Itambé.
No domingo (10/12), Ramonzinho proseava com amigos num bar do bairro. A conversa estava regada a muita alegria, marca de um homem que primava pela amizade. Falaram da infância, do Galo e de outros assuntos. Como era bom conversar com ele…
Mas cinco tiros silenciaram o sorriso de Ramonzinho. A alegria no Padre Eustáquio deu lugar à tristeza e à saudade. O bairro perdeu um grande camarada.
Ramon era sinônimo de alegria, diversão e boa camaradagem. As redes sociais não me deixam mentir. O cara, um dos mais queridos do bairro, foi tema de uma enxurrada de postagens no Facebook. Houve até quem trocou a foto do perfil por aquela com um laço preto, num sinal de luto.
Que Deus lhe receba de abraços abertos, amigo.
Publico alguns posts em homenagem à memória de Ramonzinho:
“Eita menino bom com um brilho de alegria. Podia ser onde for que ele parava, batia papo e perguntava de todos. Vamos sentir saudades de seu brilho, de sua camaradagem”. (Filipe Matos)
“Amigo é coisa pra se guardar debaixo de ste chaves, dentro do coração, assim fala a canção (de Milton Nascimento)”. (Arlem de Oliveira)
“É triste quando a gente vê essa realidade, quando as pessoas estão envolvidas no caminho errado estão sujeitas a ganhar ou perder. Mas quando a gente vê um pai de família (que) acorda cedo todos os dias para lutar pelo que é seu, por lutar por sua família, que não faz mal a ninguém… É doloroso e revoltante. Que Deus possa te receber de braços abertos, Ramon” (Gabriel Vitor)
“É inacreditável, inaceitável!! Motivos banais, valores humanos sem qualquer consideração. Como é difícil a dor da perda. Como se não bastasse, multiplicada entre vocês, meus amigos. Hoje (domingo), sofremos com a perda de ais um ente querido, um grande amigo que tinha como lema ‘saúde e paz’…” (Giovanni Ianni)