Os clássicos e a literatura infantil
Paulo Fernandes – Olá, pessoal!
Há três características presentes em uma obra clássica: não perder seu valor com o tempo, apelo universal e influência sobre outros autores.
No livro “Por que ler os clássicos”, Ítalo Calvino observa que “clássicos são aqueles livros dos quais, em geral, se ouve dizer: estou relendo e nunca estou lendo”.
A literatura clássica exerce influência não apenas na vida dos seus leitores, mas também na escrita de outros autores.
Para muitos, a literatura clássica é vista como chata; no entanto, ela se faz necessária para formação de um leitor crítico. Não quero aqui estabelecer os clássicos como leitura obrigatória.
A leitura deve ser algo prazeroso, divertido e ao mesmo tempo reflexivo. Por isso, é bom lermos os clássicos, pois eles ampliam nossa vida e são livros que conseguem ser eternos e sempre novos.
Acredito que as obras clássicas devam ser apresentadas as crianças por tratarem de questões humanas atemporais.
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Há várias maneiras de introduzir as crianças no universo das obras clássicas. Deixarei aqui três sugestões citadas por Ana Maria Machado em seu livro “Como e por que ler os clássicos Universais desde cedo”: a partir das adaptações, o uso da oralidade e ler a história para criança e conversar sobre a narrativa.
Para finalizar, deixo aqui sugestões de algumas obras clássicas adaptadas para crianças e que acredito sejam importantes para formação humana e de um leitor crítico.
Tristão e Isolda, Berlendis e Vertecchia, 2010, finalista do Prêmio Jabuti 2011 Clássicos em HQ da Peirópolis, títulos: Dom Quixote Em Quadrinhos; Os Lusíadas
Em Quadrinhos; A Divina Comédia em Quadrinhos. Dom Quixote das Crianças, de Monteiro Lobato (Ed. Globo).
Lembro aqui que essas são algumas sugestões dentre tantas obras clássicas adaptadas.
Você tem alguma obra clássica que marcou sua infância? Conte para os leitores e leitoras do Jornal do Padre Eustáquio.