Padre Eustáquio e as ruas da guerra

Muitos moradores não sabem que algumas das principais ruas do bairro Padre Eustáquio, região Noroeste de Belo Horizonte, foram batizadas com os nomes de batalhas da Guerra do Paraguai (1864-1870), travada entre o país vizinho contra as nações da Tríplice Aliança: Brasil, Uruguai e Argentina.

O conflito, vencido pelos três aliados, deixou milhares de mortos nas batalhas da Riachuelo, Itororó, Humaitá, Aquidaban, Curupaiti e Tuiuti. O estopim da guerra foi a invasão de tropas paraguaias no Uruguai. Confira um pouco sobre as batalhas que, no século seguinte, inspiraram nomes de ruas no Padreco. Reportagem continua abaixo da foto.

Foto: Petter Guerra

Batalha do Riachuelo: Em 11 de junho de 1865, no rio Paraná, uma esquadra brasileira derrotou uma embarcação do país vizinho, cortando a comunicação entre as tropas paraguaias. Vale lembrar que, naquela época, os rios eram os principais caminhos no interior do continente.

Batalha do Tuiuti: Travada em 24 de maio de 1866 na região pantanosa de Tuyuti, no Paraguai, onde o Exército daquele país atacou militares brasileiros, uruguaios e argentinos. Estima-se que 17 mil pessoas morreram, sendo mais de 12 mil paraguaios.

Batalha da Itororó: Ocorreu em 6 de dezembro de 1868 na ponte do arroio em Itororó. A tropa brasileira tinha a missão de garantir que o exército inimigo se afastasse da ponte para que ocorresse o avanço dos aliados no interior do Paraguai. Os militares brasileiros venceram, mas a vitória custou a vida de 285 combatentes.

Batalha do Curupaiti: Muitas mortes ocorreram em 22 de setembro de 1866, no Forte Curupaiti, às margens do rio Paraguai. Trata-se da maior derrota da Tríplice Aliança, que perdeu cerca de 20 mil soldados e 20 navios.

 

Batalha do Humaitá: Foi por causa da tomada deste forte, em 25 de julho de 1868, que os militares paraguaios evacuaram Assunção. Era uma fortaleza importante, pois controlava o acesso fluvial à capital paraguaia.

Batalha de Aquidaban: A última das batalhas. Em 1º de março de 1870, o então presidente paraguaio, Francisco Solano López, foi morto às mãos do Exército Brasileiro.

Leia também as histórias das ruas:
Henrique Gorceix, a rua do francês
Costa Sena, de trilha de boiada à rua do governador
Francisco Bicalho, a rua de um construtor
Belmiro Braga, a rua do poeta
Olinto Magalhães, a rua do diplomata
Padre Eustáquio

Coronel José Benjamim, a rua do fazendeiro

Júlio Murta, a rua do fazendeiro